Muito se tem falado sobre os altíssimos níveis de popularidade do nosso presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Pesquisas apontam que ela oscila na casa dos 80% de aprovação. É um número extremamente positivo, digno de campeões. Mas o que levou a essa avaliação positiva do governo? O que ele fez para merecer tal honra? Deixo claro que não sou contra o Lula e acho que ele até fez um bom governo. Conduziu habilidosamente o país perante a comunidade internacional, apesar da sua “diplomacia do entreguismo”, segundo o embaixador Rubens Barbosa, nos casos da Petrobrás na Bolívia, da Odebrecht no Equador, da Itaipu com o Paraguai e a esmerada parceria com o bolivariano Chavez.
Soube manter a economia estabilizada durante a crise mundial e com a moeda forte o crédito deslancha e as pessoas consomem mais. Internamente gabou-se do Bolsa-Família, das intermináveis obras do PAC, reclamou do TCU, reclamou da imprensa, fala bastante, enfim, nunca na história desse país se viu um presidente tão gaudioso como esse. Atualmente ele só pensa na eleição presidencial do ano que vem e na sua pupila Dilma Rousseff que a sucederá em Brasília, segundo sua fidúcia. Mas voltemos ao título do texto. O que faz um bom governo? Acredito que um bom governo, um bom atleta, um bom músico, além do talento nato, se faz com uma pitada de sorte. E a sorte do Lula foi suceder Fernando Henrique Cardoso. O que fez de tão vultoso alguns governos anteriores?
JK criou Brasília, seria isso um feito? A capital poderia estar com o Rio de Janeiro ainda. Jânio Quadros e Jango nada fizeram. Um renunciou e outro foi enxotado. Os militares só cometeram toleimas. Mataram, torturaram e até hoje alguns corpos não foram devolvidos aos seus familiares. Sarney criou o Plano Cruzado, convocou a população para ser seu fiscal, congelou preços, criou mais planos e nada deu certo. Collor foi o primeiro presidente a sofrer com um processo de impeachment, sofreu com seu irmão Pedro e Itamar Franco, seu sucessor, apesar de ter chamado Fernando Henrique para ser seu Ministro da Fazenda, pulou carnaval com a modelo que não vestia uma importante peça de roupa.
FHC, criador do Plano Real, sociólogo, cientista político, professor internacional, ex-senador, ex-funcionário da CEPAL, escritor, Ministro das Relações Exteriores e Ministro da Fazenda do governo Itamar, acabou com o torvo problema da inflação brasileira. Idealizado por ele e por uma equipe eficiente de economistas, entre eles aquele que viria a ser seu Ministro da Fazenda, Pedro Malan, seu governo ficou marcado por essa característica. É claro que seus oito anos de poder não foram somente de glórias, mas que ele fez algo que mudou a vida de todos os brasileiros e que o nosso ditoso presidente colhe os frutos agora, fez. Não podemos negar. Dizem que política, futebol e religião não se discutem. Também acho. Essa é somente minha opinião.
O Lula deu sorte e para serem grandes as pessoas precisam dela. FHC exterminou o dragão da alta dos preços. Acabou com as temíveis remarcações de valores dos supermercados de todo o país e deu à população o prazer de ver o dinheiro render no fim do mês. Pessoas compraram casas, compraram carros, viajaram Brasil e mundo afora e o nosso querido país galgou o status de emergente perante a comunidade internacional. FHC foi o precursor de todo o sucesso que nosso atual comandante sabiamente soube manter. Um bom governo se faz com profissionalismo, seriedade, respeito aos cidadãos, decência e sorte. Pensando bem adicionarei mais um item a essa minha humilde lista: suceder Fernando Henrique Cardoso.
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