terça-feira, 31 de julho de 2012

                                                                Uma árvore nascendo
                                                                   Caminho de Café

As Olimpíadas

Começaram as olimpíadas. O maior evento esportivo mundial e o de maior importância está sendo realizado em Londres, capital da Inglaterra, país que apesar de pequeno tem uma transcendência extrema na história mundial. A cerimônia de abertura dos jogos olímpicos é um espetáculo à parte. Assistimos ao desfile de países que só contemplamos nas olimpíadas e em concurso de miss, tais como Comores, Dominica, Micronésia, São Vicente e Granadinas, Samoa Americana dentre inúmeros outros. É uma oportunidade de vermos gente bonita vestindo os trajes típicos de cada país convivendo pacificamente com suas diferentes raças e culturas, o que é exatamente o intuito dos jogos olímpicos: promover a paz entre os povos. Torcemos pelo judô e pelo iatismo, esportes que só lembramos em época de olimpíada, talvez pelo fato de serem grandes vencedores de medalhas. E também para o futebol, pois é o único título que nosso escrete canarinho não possui na sua história, apesar de particularmente eu achar que futebol e tênis, devido ao seu profissionalismo, não deveriam existir nas olimpíadas.
A cerimônia concludente da qual assistimos reforça a responsabilidade do Rio de Janeiro de fazer melhor e mais bonito. Vamos mostrar ao planeta que, apesar de sermos tachados pejorativamente de terceiro mundo, temos capacidade de fazer uma das melhores aberturas da história. Só não vamos abusar de escolas de samba e de mulatas seminuas. Sugiro que Pelé, rei do futebol, o maior atleta de todos os tempos, acenda a pira olímpica, Roberto Carlos, rei da música popular brasileira, cante o hino nacional, Romário, Ronaldo, Guga, Aurélio Miguel, Giovane do vôlei, Robson Caetano, Bernard, Fofão, Oscar, Hugo Hoyama, dentre muitos outros tenham seus espaços na cerimônia. Quando a delegação brasileira entrar que toque “É Hoje” – a minha alegria atravessou o mar – e quando os Estados Unidos entrarem, Michel Teló neles. No final um show de Lulu Santos, rei do pop nacional, cantando “Descobridor dos Sete Mares” – pois bem cheguei, quero ficar bem a vontade – e em seguida “País Tropical”.
Idéias a parte, acredito que o COB tenha plena capacidade de fazer uma olimpíada impecável e que nosso país triunfe no quadro de medalhas a fim de que mais e mais crianças sigam os passos de nossos atletas para, quem sabe, daqui a alguns anos, sermos uma potência olímpica.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

                                                                         Vida de Gado
                                                               Colônia e uma Igreja!
As Olimpíadas da Era Moderna

          De quatro em quatro anos somos presenteados com a maior festa do esporte mundial. Neste ano, a 30ª Olimpíada da era moderna será realizada em Londres, capital da Inglaterra. Espera-se muito da equipe brasileira que contará com  259 atletas divididos em 32 modalidades. O governo investiu pesado na preparação dos profissionais de olho no ciclo olímpico até 2016 quando os jogos serão aqui no Brasil.
          Na história das Olimpíadas, desde a primeira participação em 1920, o Brasil ganhou apenas 20 medalhas de ouro, sendo onze individuais e nove em esportes coletivos. Temos grandes chances de aumentar essa estatística principalmente com o vôlei, quer seja na praia ou nas quadras, tanto no masculino quanto no feminino. Chance há também no futebol, no basquete que retorna a uma Olimpíada depois de 16 anos, nas provas de atletismo, na natação, no iatismo que é a modalidade mais vitoriosa com seis ouros, no judô e quem sabe uma surpresa em qualquer outro esporte.
          Foram os gregos que criaram os jogos olímpicos por volta de 2500 a.C. Restrito à civilização grega, as competições tinham um componente religioso onde os gregos buscavam a paz e a harmonia entre as cidades participantes. Em 392 d.C., o imperador romano, Teodósio, depois de se converter ao Cristianismo, proibiu qualquer manifestação religiosa politeísta e os jogos olímpicos somente voltaram no ano 1896 em Atenas, daí serem chamados de Olimpíadas da era moderna.
          Com o intuito de promover a paz e a amizade entre os povos, em sua história, os jogos olímpicos, devido sua visibilidade, mostrou ser uma oportunidade para manifestações políticas. Hitler em 1936 negou assistir a premiação para um negro norte-americano. Em 1972, na cidade de Munique, um atentado terrorista matou 11 atletas da delegação de Israel. Em 1980, época da guerra fria, os Estados Unidos boicotaram os jogos de Moscou em protesto contra a invasão soviética no Afeganistão. Em 1984, a extinta União Soviética deu o troco nos EUA, eximindo-se de participarem dos jogos em Los Angeles alegando falta de segurança para seus atletas.
          Com todas essas peculiaridades, os jogos continuam fortes no intuito de integrar os cinco continentes que são representados nos seus anéis olímpicos. É o zênite de todo atleta. Finda a competição no dia 12 de agosto, os olhos do mundo estarão voltados para o Rio de Janeiro, cidade-sede da 31ª Olimpíada da Era Moderna. Esperamos que nossos atletas se destaquem em Londres, mas esperamos mais ainda que seja cabal a capacidade de organização e de infraestrutura da primeira Olimpíada da América do Sul.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

                                          Isento de agitações, de pertubações ou de alvoroço...
                                                               Pegada de Lobo-guará
A Idade da Tecnologia

          Aprendemos nos livros de história que a humanidade, até hoje, foi dividida em cinco etapas: Pré-História, Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea.
          A Pré-História se divide entre os períodos Paleolítico e Neolítico. Há milhões de anos o homem, nômade por natureza, empregava a agricultura de subsistência, caçava, pescava e construía instrumentos rudimentares que serviram de berço para as ferramentas atuais. Eram os chamados "homens das cavernas". A Antiguidade iniciou-se aproximadamente em 4.000 a.C, com o advento da escrita e estendeu-se até a queda de Roma em 476. Resultou na criação de duas formas de organização socioeconômica - regimes de servidão coletiva (sociedades asiáticas) e as sociedades escravistas (grega e romana). Deixou como legado as grandes obras hidráulicas para o cultivo agrícola nos vales de importantes rios, tais como, Tigre e Eufrates na Mesopotâmia, Nilo no Egito, Indo na Índia e Amarelo na China. A Idade Média iniciou-se em 476 e estendeu-se até  quando terminou a Guerra dos Cem Anos, que na verdade durou 116, e a cidade de Constantinopla caiu nas mãos dos turcos otomanos. Tal período medieval caracterizou-se pela preponderância do Feudalismo, uma estrutura econômica, social, política e cultural que se edificou na Europa em substituição à estrutura escravista da Antiguidade. Época dos senhores feudais, nobres que possuíam um grande poder político, militar e econômico. Eram proprietários dos feudos e possuíam muitos servos trabalhando para eles.
          A Idade Moderna iniciou-se em  1453 e estendeu-se até 1789 quando teve início a Revolução Francesa. Durante essa época, consolidou-se progressivamente uma nova estrutura socioeconômica comumente denominada capitalismo comercial. Foi o período de consolidação dos ideais de progresso e desenvolvimento que derrubariam os ideais católicos e feudais, criando os burgueses, o mercantilismo a expansão marítima, o mundo colonial, o Absolutismo e o Renascimento Cultural. Já a Idade Moderna iniciou-se em 1789 e dura até os dias atuais. O capitalismo atingiu sua maturidade e o homem se deparou com um fluxo de acontecimentos muito mais intenso do que qualquer outro momento da História: Revolução Francesa, a Era Napoleônica, a Revolução Industrial, o Socialismo, o Imperialismo, as duas Grandes Guerras, a Guerra Fria, dentre outros, fulminaram os pensamentos intelectuais dos habitantes da Terra se transformando na época em que tudo mudou muito e muito rápido.
          No entanto, estamos no ano de 2012 e muitas coisas também vêm acontecendo num ritmo delirante. A invenção do computador, dos celulares, da internet, dos televisores modernos, dos carros automáticos desafia qualquer pessoa que tente entender como tudo isso funciona. O carro chefe de toda essa mudança é a internet. Existe uma música da banda "ORappa" que diz: "hoje eu desafio o mundo sem sair da minha casa", acho sensacional essa frase. Podemos fazer tudo e de tudo sem sairmos de casa. Ficamos horas e horas em frente a um computador, seja estudando, divertindo, ouvindo músicas, trabalhando, comprando, namorando. É um vício que se espalhou pelo mundo e não tem volta. Hoje quase todo o planeta tem e-mail, participa de redes sociais, se engaja em algum movimento, participa de debates, chega até ao ponto  de derrubar políticos, leis e qualquer outro assunto que  estiver em desacordo com o politicamente correto. Tudo isso sentado confortavelmente na cadeira de sua casa. Mas nem tudo são flores.
          Existe muita violência, pornografia e roubos na grande rede. Chegamos ao ponto de não estarmos seguros também dentro de nossas casas e devemos tomar cuidado com os arquivos e fotos que possuímos  dentro de nossos PC´s. Acredito também que a internet separa um pouco as pessoas da vida real. Estamos perdendo muitas coisas boas em detrimento ao uso compulsivo dos mega, giga e terabytes. As crianças não brincam mais nas ruas e os contatos pessoais se resumem às redes sociais. Existem casos das pessoas se encontrarem nas ruas e nem se cumprimentarem, mas são grandes amigos na rede. Bom, mas o que isso tem a ver com a História? Tenho uma grande convicção que estamos vivendo uma nova era como aquelas citadas acima. Daqui 100, 200, 500 ou 1000 anos nossa época será lembrada como a transição da Idade Contemporânea para talvez quem sabe a Idade da Tecnologia. Temos todos os requisitos para fazermos dessa época uma mudança na História Mundial. Realmente a internet mudou nosso sistema de vida. Estaria eu certo, ou não? Só o tempo e os livros de História, se é que existirão livros no futuro, darão as respostas para os novos habitantes da Terra, algum tipo de Homotecnológico, uma nova espécie transformada pelo mundo tecnológico.

                                              Espera um pouco, vamos tomar um café!!!!
Aqui encontro os pássaros e a paz e eles me dizem: "Fique aqui pra gente voar..."

terça-feira, 3 de julho de 2012


Dá um Tempo, Zé

Certa vez, na República do Ouro de Tolo, vivia um homem chamado Zé. Zé cresceu com seus oito irmãos na miséria e sua casa não tinha água encanada, sanitários nem energia elétrica, vivia na mais completa falta de oportunidade. Quando maior, Zé decidiu sair de sua aldeola e tentar a vida na cidade grande como a maioria de seus amigos fazia. Pegou o “pau-de-arara” e dias depois chegou na terra prometida. Estudou por conta do Governo e tirou o segundo grau com uma profissão muito vantajosa para ele. Casou-se, teve filhos, trabalhou, sofreu um pequeno acidente de trabalho e perdeu um dedo da mão.
As coisas não eram fáceis na época. Os patrões sugavam os trabalhadores, as condições de trabalho eram péssimas e o salário mal dava pra pagar o armazém da esquina. Foi aí que Zé teve uma grande idéia. Os políticos eram arrogantes, ricos, cheios de pompa, corruptos, ladrões e o que mais se pensasse. Zé decidiu montar um partido político. Como era bom de lábia, logo convenceu outras pessoas a lutar contra o que ele chamava de sistema corrompido. Montou um partido de oposição como gostava de frisar.
A idéia da organização social espontânea era de esculachar com quem estivesse no poder sempre buscando o apoio da classe trabalhadora. Os “picaretas com anel de doutor”, como a corja gostava de chamar os políticos, eram duramente castigados e logo seriam derrotados nas urnas. Comícios, panfletos, megafones viraram moda na pele do Zé e de seu número crescente de companheiros. Eles eram contra tudo e sempre a favor dos trabalhadores. Se mostravam como novos messias que ajudariam os pobres sair da miséria.
Quando o partido político estava consolidado e com muitos companheiros, Zé decidiu se lançar na política e foi alçado ao cargo de deputado federal. Anos depois se candidatou a Presidente da República do Ouro de Tolo e depois de quatro disputas venceu e tornou-se o primeiro Chefe de Estado de origem humilde. Criticado por nunca ter tido um diploma, chorou quando recebeu o de Presidente.
No poder Zé se esbaldou. Pegou o país estabilizado, deixado pelo seu antecessor, e só teve o trabalho de manter a ordem. Viajou, falou, se mostrou, confundiu, enganou, fez pirraça, se fez de desentendido, viajou, falou, se mostrou, enfim. Começou a ter atitudes estranhas, tudo aquilo que Zé abominava na época da fundação do partido agora defendia com unhas e dentes. Atitudes inimagináveis da época agora eram repetidas por Zé e por seus companheiros, alguns claro, porque os mais radicais o abandonaram logo depois que a farra começou .
Mesmo assim Zé foi reeleito, elegeu depois seu sucessor e tinha tudo para sumir do mapa com a aprovação recorde que teve da população. Entraria pra história como um político nobre que acabou com a pobreza no país. Mas como Zé era azombado, começou a palpitar em tudo que fosse possível. Pior ainda, Zé começou a se aliar aos “picaretas com anel de doutor” em troca de favores políticos. Aqueles que ele esculhambava quando montaram o partido viraram seus amigos de uma hora pra outra. Zé não mede conseqüências e só quer o poder.
Zé acha todos os seus atos normais e faz questão de demonstrá-los à população. Seus antigos e fiéis companheiros já questionam suas atitudes. Uma das grandes virtudes de um homem é saber parar na hora certa. Ele fez o possível e o impossível para escrever seu nome na galeria dos melhores e conseguiu. Mas sua quipã maldita o desgasta e as pessoas já não têm mais aquele encanto por ele. Some um pouco Zé. Vai viajar, curtir a família, deixe seus companheiros seguirem sozinhos. Fica no seu canto só administrando e usando de sua experiência quando solicitado. Enfim, pra quem o encontrar na rua grite em alto e bom som: dá um tempo, Zé!