terça-feira, 4 de dezembro de 2012


Campeonato de Pontos Corridos

Desde que me entendo por gente, o futebol é a grande paixão de todo brasileiro. Os meninos quando nascem ganham uma bola e o sonho de todos eles é virar um profissional bem sucedido, jogar na Europa, ganhar milhares de euros, carrões, festas, status, enfim, ser um jogador conhecido mundialmente.
            Tudo começa aqui no Brasil. Os campeonatos regionais, as peneiras, os testes, emoções, decepções, sonhos jogados fora. Poucos seguem adiante, muitos desistem no meio do caminho. Os que seguem, são colocados à prova todo instante e a probabilidade de um deles ser conhecido mundialmente é igual ganhar na mega sena, um em cinqüenta milhões.
            O que faz os olhos de um menino brilhar são os jogos de campeonato. Casa cheia e torcida inflamada, músicas cantadas a plenos pulmões, xingamentos, a alegria do gol, o grito do “passou perto”. Final de campeonato, todos tensos, será que vamos ganhar? Noventa minutos, melhor cento e oitenta, jogos de ida e volta, o popular mata-mata. Oportunidade daquele time inverossímil virar campeão no decorrer do certame.
            Essa magia da final está sendo roubada dos meninos. O famigerado campeonato de pontos corridos ganhou força entre os dirigentes e é a atual fórmula do campeonato brasileiro de futebol. Há quase dez anos nos foi imposto esse modelo europeu de disputa que só não é mais sem graça por que dá algumas vagas para a Libertadores da América, esse sim com oitavas, quartas, semifinal e final.
            Concordo que ponto corrido premia o melhor, pois enaltece aquele que mais teve regularidade durante todo o ano. Mas isso não é tudo. Quantos melhores que existem que não são conhecidos? Quanta gente ruim que faz sucesso? Tal campeonato dá margem para pilantragem (times fazendo corpo mole para prejudicar o rival), manipulação de resultados, desinteresse de torcidas quando seu time não tem mais chance de nada e a falta do comovente mata-mata.
            Acho que será difícil a CBF mudar esse sistema. Eles gostam muito, pois aqui no Brasil damos muito valor para os segundos colocados. Quem foi o vice-campeão do ano passado? Que emocionante foi o título do Fluminense este ano. Só falta eles mudarem a contagem dos minutos no segundo tempo: começar com quarenta e cinco e terminar em noventa.
            Somos os únicos penta-campeões mundiais do futebol. Temos o melhor jogador de todos os tempos, somos fabricantes e exportadores de craques, não temos que copiar ninguém, pelo contrário, o mundo deveria nos copiar. Sinto saudades do mata-mata. Será que o brasileirão não voltará a ser como era? Talvez um dia sim, em que todos os brasileiros cansarem desse modelo e verem que bom mesmo e emocionante é uma final de campeonato. 

domingo, 23 de setembro de 2012


Olá, senhor Dinheiro!

Senhor Dinheiro, muito bom dia. Fiz 10 anos semana passada e gostaria de fazer-lhe algumas perguntas: Por que andas sumido aqui de minha casa? Meu pai e minha mãe vivem brigando agora devido a sua ausência. Culpam minha irmã mais nova e eu pelo fato de o senhor ir embora na primeira quinzena do mês e depois só voltar no próximo dia 5. Sei que o senhor é muito querido, todos lhe querem bastante, alguns perdem a saúde para te ter, outros maltratam, matam, destratam, xingam e brigam com as pessoas para que você durma confortavelmente em seus bolsos. Dizem que o senhor não traz felicidade, não sei. Parece que as pessoas que lhe tem são tão felizes, ou será que não? Ouvi dizer também que o senhor é a causa das guerras, a causa dos assassinatos mundo afora, da covardia e da deslealdade com os amigos, colegas e parentes. Mas já me falaram que o senhor é um ótimo companheiro. Dizem que quem o tem é importante, fica mais bonito, pode furar filas, tem preferência nas rodas sociais, é bem tratado e pode tudo. Já reparei também que o senhor faz a alegria de muita gente. Faz a desgraça também, como aqui em minha casa. Mamãe vive dizendo que se o senhor aparecesse poderia nos dar uma melhor condição de vida, largaria do meu pai, compraria uma casa, me colocava junto com minha irmã na melhor escola da cidade, enfim ela diz que tudo melhoraria. Será? Papai sente muito sua falta. Ele queria que o senhor lhe desse um carro, uma casa, boas roupas. Eu também estou aprendendo a gostar do senhor, mas ao invés de aparecer em minha casa, gostaria que papai e mamãe nos dessem amor, nos dessem carinho, nos dessem afeto, que brincassem conosco na rua, que andássemos de mãos dadas, que soltássemos muitas gargalhadas, queria ficar no colo deles e rodar sem ter hora de parar. Acredito que se o senhor não tivesse tanta importância para as pessoas seríamos mais felizes. Pela sua falta, eu e minha irmã choramos toda noite pelas brigas entre os meus pais, Noite passada ele deu um murro na cara da mamãe. Eu abracei minha irmã bem apertado e choramos muito. Ah, senhor Dinheiro, só não entendo uma coisa: ninguém consegue te levar para o céu. O senhor fica aqui na terra causando mais discórdia entre as famílias. Realmente o senhor deve ser muito importante. Mas senhor Dinheiro me responda novamente: Por que não podemos ser felizes sem o senhor? Por que é tão difícil? Acho que papai e mamãe vão se separar e o meu sonho de passearmos juntos pela rua irá “por água abaixo”, expressão que meu pai costuma dizer quando fica sem o senhor. 

terça-feira, 4 de setembro de 2012

A Transnistria

             Cingida entre a Ucrânia e a Moldávia está a Transnistria. Localizada na margem de um rio chamado Dniester, ela se estende por 400 Km de norte a sul e 25 Km de leste a oeste É uma área um pouco menor que o Distrito Federal. Tem 500.000 habitantes, Presidente, Ministros, moeda, bandeira, Constituição, Parlamento e controle fronteiriço. Sua capital chama-se Tiraspol. Fica a 500 longínquos quilômetros da Rússia e quer se juntar a ela. É meus amigos, existe um "quase"país chamado Transnistria.
             Na verdade é uma região separatista da ex-república soviética da Moldávia que quer a independência. Futuramente pode se transformar em um país. Países pequenos existem à revelia pelo planeta. Vaticano, o menor do mundo, tem uma população de 700 pessoas. Mônaco é o mais chique deles e tem a famosa corrida de Fórmula 1. San Marino totalmente envolvido pela Itália tem 30.000 habitantes.   Liechtenstein é um dos países mais ricos do planeta e tem 5.000 habitantes. Andorra tem status de paraíso   fiscal e tem a maior expectativa de vida do mundo, cerca de 84 anos. Antígua e Barbuda é constituída de 37 ilhas e mais de 80% da população é alfabetizada. Ilhas Seychelles, uma nação insular que abriga algumas das maiores colônias de aves marinhas do mundo, tem uma respeitada legislação ambiental.
              Dentre as vantagens de um país pequeno podemos citar a prática do turismo, a facilidade em administrar o território, a formação de grupos econômicos e uma enorme qualidade de vida. Entre as desvantagens estão as áreas reduzidas para a agricultura, a possibilidade de se tornarem paraísos fiscais e alto custo de vida. Esses países detém altos índices de desenvolvimento econômico e social. Mas existem também os pobres pequenos. Togo, na África, tem somente 47% da população alfabetizada.  Suazilândia, também na África, ostenta a triste marca de um terço da sua população ser portadora do vírus da Aids.  Existem alguns outros, não vem ao caso citá-los.
             A Transnistria tende a nascer pobre. O socialismo acabou, a verba é escassa, ela não tem potencial turístico, vive do passado, está situada em uma região conturbada e não tem uma indústria pujante. Países assim são potenciais criadores de  problemas aos vizinhos maiores. É claro que países menores são mais fáceis de serem controlados e quase sempre são exemplos de desenvolvimento econômico e social. Alguns não. Seus índices são baixos, a pobreza é grande e a infraestrutura é pequena. Esse deverá ser o caso da República Moldava da Transnistria. 

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

                                                                               Bica
                                                                               Açude
Atitudes que Podem dar Certo


Temos muitos problemas nas mais diversas atividades em nossas vidas. Seja para nos divertir, trabalhar ou estudar, sempre algo errado pode acontecer. Por isso certas atitudes podem ser tomadas para que nossa segurança e integridade física sejam preservadas. As pessoas sempre tentam melhorar seus padrões de vida, fugir da pobreza, poder proporcionar um conforto melhor para si e seus familiares. Pensando nisso, listei uma série de atividades que podem fazer a diferença entre os relacionamentos dos homens.

  1. Jogo de futebol de uma só torcida;
  2. Caçar a carteira de habilitação de quem for pego dirigindo embriagado;
  3. Não votar em políticos corruptos;
  4. Pensar mais nos outros;
  5. Investir em educação;
  6. Investir em educação;
  7. Investir em educação;
  8. ......
          Tem mais alguma ?


quarta-feira, 15 de agosto de 2012


O Preço das Coisas

               Recentemente um texto publicado no site da revista Forbes, escrito pelo jornalista americano Kenneth Rapoza, está causando um pequeno zum, zum, zum entre os brasileiros. O jornalista alega que pagamos muito caro, aqui no Brasil, pelos carros da marca Chrysler, em especial o Jeep Grand Cherokee. Diz que nos Estados Unidos tais veículos são utilizados por pessoas de classe média baixa e que no Brasil são carros única e exclusivamente usados por “bacanas”. Não gosto de concordar com algo que venha da terra do Tio Sam, mas infelizmente o repórter está cheio de razão. Kenneth cita também que um Ford Durango, recém lançado nos EUA, custa US$57.000 e que um professor do Bronx devido ao seu poder médio aquisitivo pode comprar um. Se não for zero, pelo menos semi-novo, com dois anos de uso.  Já no mercado brasileiro o mesmo modelo custará temíveis US$95.000. Não preciso dizer que um professor brasileiro teria capacidade de comprá-lo. É uma baita diferença. O jornalista vitupera os consumidores que supostamente adquirem esse tipo de carro em busca de status. No fundo ele quer dizer que os brasileiros confundem preços altos com qualidade. Será?
               Sabemos que a colossal carga tributária brasileira é a grande responsável pelos preços das coisas em geral, mas que muitos empresários, fábricas, lojas e outros departamentos aproveitam disso para elevarem o valor das mercadorias. Temos as margens de lucro mais altas do mundo, os financiamentos com as taxas elevadamente exorbitantes, o charme do carro importado, o charme do zero quilômetro e consumidores ricos, deslumbrados e dispostos a gastar toda essa dinheirama. A perfeita combinação para o preço das coisas. Há quem diga que o problema dos veículos é o cartel das montadoras, outros afirmam que o CADE (Conselho Administrativo de Defesa Econômica), autarquia vinculada ao Ministério da Justiça, que tem como objetivo orientar, fiscalizar, prevenir e apurar abusos do poder econômico não trabalha em defesa da concorrência. Já ouvi especialistas dizerem que o simples fato de as montadoras terem suas próprias financeiras faz com que elas ajam também como atravessadoras aumentando seus lucros. Seja o que for, realmente pagamos muito pelos produtos e não só nos veículos. Os altos impostos também fazem com que os produtos nacionais percam mercados no exterior.
               Somos tributados em qualquer coisa quem compramos ou usamos. No transporte público, no médico, nos remédios, no pão francês, na televisão, nos combustíveis, no imóvel, no que pensar, o tributo está lá embutido refletindo a total falta de transparência do Estado para com o contribuinte. Os impostos brasileiros chegam ao incrível patamar de corresponder a 35% do PIB. Os programas de transferência de renda, bolsa-família, bolsa-escola, cedidos aos mais pobres nada mais é do que repor parcialmente o que o Estado arrebata do nosso bolso. É certo que a população brasileira de um modo geral aumentou seu poder de compra desde o advento do Plano Real, mas ainda existem pessoas na extrema pobreza. Somos um país de contrastes. Os verdadeiros herois da nação são aqueles que acordam de madrugada, pegam ônibus, andam a pé, fazem o país andar e ganham R$622,00 por mês. Já dizia o ditado: em terra de cego quem tem olho é rei. Se tem alguém disposto a pagar por um produto caro que pague. Se existem produtos caros é porque tem alguém que compra, porque caso contrário eles seriam bem mais baratos.
               

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

                                                             O Gado e as Aranhas


A Mentira

Por que mentimos? Tal pergunta, tanto quanto a resposta é uma incógnita. Mentir não é bom. Pode ocasionar uma sensação de alívio por pouco tempo, mas depois temos que conviver com ela até que caiamos em contradição. Segundo o dicionário Houaiss, mentira é o ato ou efeito de mentir; engano, falsidade, fraude, hábito de mentir, afirmação contrária à verdade a fim de induzir a erro, qualquer coisa feita na intenção de enganar ou de transmitir falsa impressão, pensamento, opinião ou juízo falso. Eu já menti, e você? A mentira é tão famosa que no nosso calendário existe um dia só dela. Tudo começou quando o rei da França, Carlos IX, após a implantação do calendário gregoriano, instituiu o dia primeiro de janeiro para ser o início do ano. Naquela época, as notícias demoravam muito para chegar às pessoas, fato que atrapalhou a adoção da mudança da data por todos. Antes dessa modificação, a festa de ano novo era comemorada no dia 25 de março e terminava após uma semana de duração, ou seja, no dia primeiro de abril. Algumas pessoas, as mais tradicionais e menos flexíveis, não gostaram da mudança no calendário e continuaram fazer tal comemoração na data antiga. Isso virou motivo de chacota e gozação, por parte das pessoas que concordaram com a adoção da nova data, e passaram a fazer brincadeiras com os radicais, enviando-lhes presentes estranhos ou convites de festas que não existiam. Tais brincadeiras causaram dúvidas sobre a veracidade da data, confundindo as pessoas, daí o surgimento do dia 1º de abril como dia da mentira.
Dizem que a mentira tem perna curta; que a mentira corre, mas a verdade a apanha; que cresce o nariz do mentiroso; que é como uma ferida, depois de curada fica uma cicatriz; que é pecado; que é contra os padrões morais. Enfim, seja o que for, precisamos mentir às vezes para escaparmos de situações constrangedoras como dizer que adorou aquele presente que não gostou e desculpas para evitar ou encerrar um encontro indesejado. Mentir faz parte do cotidiano de todos. Nem sempre visa a malevolência. Existem casos que mentimos para proteger alguém de uma decepção, evitar aborrecimentos desnecessários e resguardar nossa privacidade. Existem casos maldosos: picuinhas, fofocas, traição, promessas, fatos que não podemos levar adiante e provavelmente prejudicarão alguém. Estudos revelam que os homens mentem, em média seis vezes por dia, eis algumas: meu celular estava sem sinal, estou preso no trânsito, não bebi muito, você não está gorda. Já as mulheres também mentem, talvez um pouco menos que os homens, eis algumas: que simpática a sua ex, saia com seus amigos não tem problema, não está acontecendo nada, não estou afim, estou cansada. A honestidade é a base do relacionamento humano. Quem quebra a confiança de um relacionamento com lorotas e enganações prejudica a si mesmo e principalmente ao outro. Atire a primeira pedra quem nunca mentiu. Saiba que a mentira não é uma boa atitude. Não a leve longe, fique apenas na brincadeira sem maldade. Machado de Assis disse certa vez que a mentira é tão involuntária quanto a respiração. Concorda?

terça-feira, 31 de julho de 2012

                                                                Uma árvore nascendo
                                                                   Caminho de Café

As Olimpíadas

Começaram as olimpíadas. O maior evento esportivo mundial e o de maior importância está sendo realizado em Londres, capital da Inglaterra, país que apesar de pequeno tem uma transcendência extrema na história mundial. A cerimônia de abertura dos jogos olímpicos é um espetáculo à parte. Assistimos ao desfile de países que só contemplamos nas olimpíadas e em concurso de miss, tais como Comores, Dominica, Micronésia, São Vicente e Granadinas, Samoa Americana dentre inúmeros outros. É uma oportunidade de vermos gente bonita vestindo os trajes típicos de cada país convivendo pacificamente com suas diferentes raças e culturas, o que é exatamente o intuito dos jogos olímpicos: promover a paz entre os povos. Torcemos pelo judô e pelo iatismo, esportes que só lembramos em época de olimpíada, talvez pelo fato de serem grandes vencedores de medalhas. E também para o futebol, pois é o único título que nosso escrete canarinho não possui na sua história, apesar de particularmente eu achar que futebol e tênis, devido ao seu profissionalismo, não deveriam existir nas olimpíadas.
A cerimônia concludente da qual assistimos reforça a responsabilidade do Rio de Janeiro de fazer melhor e mais bonito. Vamos mostrar ao planeta que, apesar de sermos tachados pejorativamente de terceiro mundo, temos capacidade de fazer uma das melhores aberturas da história. Só não vamos abusar de escolas de samba e de mulatas seminuas. Sugiro que Pelé, rei do futebol, o maior atleta de todos os tempos, acenda a pira olímpica, Roberto Carlos, rei da música popular brasileira, cante o hino nacional, Romário, Ronaldo, Guga, Aurélio Miguel, Giovane do vôlei, Robson Caetano, Bernard, Fofão, Oscar, Hugo Hoyama, dentre muitos outros tenham seus espaços na cerimônia. Quando a delegação brasileira entrar que toque “É Hoje” – a minha alegria atravessou o mar – e quando os Estados Unidos entrarem, Michel Teló neles. No final um show de Lulu Santos, rei do pop nacional, cantando “Descobridor dos Sete Mares” – pois bem cheguei, quero ficar bem a vontade – e em seguida “País Tropical”.
Idéias a parte, acredito que o COB tenha plena capacidade de fazer uma olimpíada impecável e que nosso país triunfe no quadro de medalhas a fim de que mais e mais crianças sigam os passos de nossos atletas para, quem sabe, daqui a alguns anos, sermos uma potência olímpica.

segunda-feira, 23 de julho de 2012

                                                                         Vida de Gado
                                                               Colônia e uma Igreja!
As Olimpíadas da Era Moderna

          De quatro em quatro anos somos presenteados com a maior festa do esporte mundial. Neste ano, a 30ª Olimpíada da era moderna será realizada em Londres, capital da Inglaterra. Espera-se muito da equipe brasileira que contará com  259 atletas divididos em 32 modalidades. O governo investiu pesado na preparação dos profissionais de olho no ciclo olímpico até 2016 quando os jogos serão aqui no Brasil.
          Na história das Olimpíadas, desde a primeira participação em 1920, o Brasil ganhou apenas 20 medalhas de ouro, sendo onze individuais e nove em esportes coletivos. Temos grandes chances de aumentar essa estatística principalmente com o vôlei, quer seja na praia ou nas quadras, tanto no masculino quanto no feminino. Chance há também no futebol, no basquete que retorna a uma Olimpíada depois de 16 anos, nas provas de atletismo, na natação, no iatismo que é a modalidade mais vitoriosa com seis ouros, no judô e quem sabe uma surpresa em qualquer outro esporte.
          Foram os gregos que criaram os jogos olímpicos por volta de 2500 a.C. Restrito à civilização grega, as competições tinham um componente religioso onde os gregos buscavam a paz e a harmonia entre as cidades participantes. Em 392 d.C., o imperador romano, Teodósio, depois de se converter ao Cristianismo, proibiu qualquer manifestação religiosa politeísta e os jogos olímpicos somente voltaram no ano 1896 em Atenas, daí serem chamados de Olimpíadas da era moderna.
          Com o intuito de promover a paz e a amizade entre os povos, em sua história, os jogos olímpicos, devido sua visibilidade, mostrou ser uma oportunidade para manifestações políticas. Hitler em 1936 negou assistir a premiação para um negro norte-americano. Em 1972, na cidade de Munique, um atentado terrorista matou 11 atletas da delegação de Israel. Em 1980, época da guerra fria, os Estados Unidos boicotaram os jogos de Moscou em protesto contra a invasão soviética no Afeganistão. Em 1984, a extinta União Soviética deu o troco nos EUA, eximindo-se de participarem dos jogos em Los Angeles alegando falta de segurança para seus atletas.
          Com todas essas peculiaridades, os jogos continuam fortes no intuito de integrar os cinco continentes que são representados nos seus anéis olímpicos. É o zênite de todo atleta. Finda a competição no dia 12 de agosto, os olhos do mundo estarão voltados para o Rio de Janeiro, cidade-sede da 31ª Olimpíada da Era Moderna. Esperamos que nossos atletas se destaquem em Londres, mas esperamos mais ainda que seja cabal a capacidade de organização e de infraestrutura da primeira Olimpíada da América do Sul.

segunda-feira, 9 de julho de 2012

                                          Isento de agitações, de pertubações ou de alvoroço...
                                                               Pegada de Lobo-guará
A Idade da Tecnologia

          Aprendemos nos livros de história que a humanidade, até hoje, foi dividida em cinco etapas: Pré-História, Antiguidade, Idade Média, Idade Moderna e Idade Contemporânea.
          A Pré-História se divide entre os períodos Paleolítico e Neolítico. Há milhões de anos o homem, nômade por natureza, empregava a agricultura de subsistência, caçava, pescava e construía instrumentos rudimentares que serviram de berço para as ferramentas atuais. Eram os chamados "homens das cavernas". A Antiguidade iniciou-se aproximadamente em 4.000 a.C, com o advento da escrita e estendeu-se até a queda de Roma em 476. Resultou na criação de duas formas de organização socioeconômica - regimes de servidão coletiva (sociedades asiáticas) e as sociedades escravistas (grega e romana). Deixou como legado as grandes obras hidráulicas para o cultivo agrícola nos vales de importantes rios, tais como, Tigre e Eufrates na Mesopotâmia, Nilo no Egito, Indo na Índia e Amarelo na China. A Idade Média iniciou-se em 476 e estendeu-se até  quando terminou a Guerra dos Cem Anos, que na verdade durou 116, e a cidade de Constantinopla caiu nas mãos dos turcos otomanos. Tal período medieval caracterizou-se pela preponderância do Feudalismo, uma estrutura econômica, social, política e cultural que se edificou na Europa em substituição à estrutura escravista da Antiguidade. Época dos senhores feudais, nobres que possuíam um grande poder político, militar e econômico. Eram proprietários dos feudos e possuíam muitos servos trabalhando para eles.
          A Idade Moderna iniciou-se em  1453 e estendeu-se até 1789 quando teve início a Revolução Francesa. Durante essa época, consolidou-se progressivamente uma nova estrutura socioeconômica comumente denominada capitalismo comercial. Foi o período de consolidação dos ideais de progresso e desenvolvimento que derrubariam os ideais católicos e feudais, criando os burgueses, o mercantilismo a expansão marítima, o mundo colonial, o Absolutismo e o Renascimento Cultural. Já a Idade Moderna iniciou-se em 1789 e dura até os dias atuais. O capitalismo atingiu sua maturidade e o homem se deparou com um fluxo de acontecimentos muito mais intenso do que qualquer outro momento da História: Revolução Francesa, a Era Napoleônica, a Revolução Industrial, o Socialismo, o Imperialismo, as duas Grandes Guerras, a Guerra Fria, dentre outros, fulminaram os pensamentos intelectuais dos habitantes da Terra se transformando na época em que tudo mudou muito e muito rápido.
          No entanto, estamos no ano de 2012 e muitas coisas também vêm acontecendo num ritmo delirante. A invenção do computador, dos celulares, da internet, dos televisores modernos, dos carros automáticos desafia qualquer pessoa que tente entender como tudo isso funciona. O carro chefe de toda essa mudança é a internet. Existe uma música da banda "ORappa" que diz: "hoje eu desafio o mundo sem sair da minha casa", acho sensacional essa frase. Podemos fazer tudo e de tudo sem sairmos de casa. Ficamos horas e horas em frente a um computador, seja estudando, divertindo, ouvindo músicas, trabalhando, comprando, namorando. É um vício que se espalhou pelo mundo e não tem volta. Hoje quase todo o planeta tem e-mail, participa de redes sociais, se engaja em algum movimento, participa de debates, chega até ao ponto  de derrubar políticos, leis e qualquer outro assunto que  estiver em desacordo com o politicamente correto. Tudo isso sentado confortavelmente na cadeira de sua casa. Mas nem tudo são flores.
          Existe muita violência, pornografia e roubos na grande rede. Chegamos ao ponto de não estarmos seguros também dentro de nossas casas e devemos tomar cuidado com os arquivos e fotos que possuímos  dentro de nossos PC´s. Acredito também que a internet separa um pouco as pessoas da vida real. Estamos perdendo muitas coisas boas em detrimento ao uso compulsivo dos mega, giga e terabytes. As crianças não brincam mais nas ruas e os contatos pessoais se resumem às redes sociais. Existem casos das pessoas se encontrarem nas ruas e nem se cumprimentarem, mas são grandes amigos na rede. Bom, mas o que isso tem a ver com a História? Tenho uma grande convicção que estamos vivendo uma nova era como aquelas citadas acima. Daqui 100, 200, 500 ou 1000 anos nossa época será lembrada como a transição da Idade Contemporânea para talvez quem sabe a Idade da Tecnologia. Temos todos os requisitos para fazermos dessa época uma mudança na História Mundial. Realmente a internet mudou nosso sistema de vida. Estaria eu certo, ou não? Só o tempo e os livros de História, se é que existirão livros no futuro, darão as respostas para os novos habitantes da Terra, algum tipo de Homotecnológico, uma nova espécie transformada pelo mundo tecnológico.

                                              Espera um pouco, vamos tomar um café!!!!
Aqui encontro os pássaros e a paz e eles me dizem: "Fique aqui pra gente voar..."

terça-feira, 3 de julho de 2012


Dá um Tempo, Zé

Certa vez, na República do Ouro de Tolo, vivia um homem chamado Zé. Zé cresceu com seus oito irmãos na miséria e sua casa não tinha água encanada, sanitários nem energia elétrica, vivia na mais completa falta de oportunidade. Quando maior, Zé decidiu sair de sua aldeola e tentar a vida na cidade grande como a maioria de seus amigos fazia. Pegou o “pau-de-arara” e dias depois chegou na terra prometida. Estudou por conta do Governo e tirou o segundo grau com uma profissão muito vantajosa para ele. Casou-se, teve filhos, trabalhou, sofreu um pequeno acidente de trabalho e perdeu um dedo da mão.
As coisas não eram fáceis na época. Os patrões sugavam os trabalhadores, as condições de trabalho eram péssimas e o salário mal dava pra pagar o armazém da esquina. Foi aí que Zé teve uma grande idéia. Os políticos eram arrogantes, ricos, cheios de pompa, corruptos, ladrões e o que mais se pensasse. Zé decidiu montar um partido político. Como era bom de lábia, logo convenceu outras pessoas a lutar contra o que ele chamava de sistema corrompido. Montou um partido de oposição como gostava de frisar.
A idéia da organização social espontânea era de esculachar com quem estivesse no poder sempre buscando o apoio da classe trabalhadora. Os “picaretas com anel de doutor”, como a corja gostava de chamar os políticos, eram duramente castigados e logo seriam derrotados nas urnas. Comícios, panfletos, megafones viraram moda na pele do Zé e de seu número crescente de companheiros. Eles eram contra tudo e sempre a favor dos trabalhadores. Se mostravam como novos messias que ajudariam os pobres sair da miséria.
Quando o partido político estava consolidado e com muitos companheiros, Zé decidiu se lançar na política e foi alçado ao cargo de deputado federal. Anos depois se candidatou a Presidente da República do Ouro de Tolo e depois de quatro disputas venceu e tornou-se o primeiro Chefe de Estado de origem humilde. Criticado por nunca ter tido um diploma, chorou quando recebeu o de Presidente.
No poder Zé se esbaldou. Pegou o país estabilizado, deixado pelo seu antecessor, e só teve o trabalho de manter a ordem. Viajou, falou, se mostrou, confundiu, enganou, fez pirraça, se fez de desentendido, viajou, falou, se mostrou, enfim. Começou a ter atitudes estranhas, tudo aquilo que Zé abominava na época da fundação do partido agora defendia com unhas e dentes. Atitudes inimagináveis da época agora eram repetidas por Zé e por seus companheiros, alguns claro, porque os mais radicais o abandonaram logo depois que a farra começou .
Mesmo assim Zé foi reeleito, elegeu depois seu sucessor e tinha tudo para sumir do mapa com a aprovação recorde que teve da população. Entraria pra história como um político nobre que acabou com a pobreza no país. Mas como Zé era azombado, começou a palpitar em tudo que fosse possível. Pior ainda, Zé começou a se aliar aos “picaretas com anel de doutor” em troca de favores políticos. Aqueles que ele esculhambava quando montaram o partido viraram seus amigos de uma hora pra outra. Zé não mede conseqüências e só quer o poder.
Zé acha todos os seus atos normais e faz questão de demonstrá-los à população. Seus antigos e fiéis companheiros já questionam suas atitudes. Uma das grandes virtudes de um homem é saber parar na hora certa. Ele fez o possível e o impossível para escrever seu nome na galeria dos melhores e conseguiu. Mas sua quipã maldita o desgasta e as pessoas já não têm mais aquele encanto por ele. Some um pouco Zé. Vai viajar, curtir a família, deixe seus companheiros seguirem sozinhos. Fica no seu canto só administrando e usando de sua experiência quando solicitado. Enfim, pra quem o encontrar na rua grite em alto e bom som: dá um tempo, Zé! 

terça-feira, 19 de junho de 2012


Meio Ambiente – O Desafio da Atualidade

Ultimamente tem-se falado muito sobre o meio ambiente. Aquecimento global, emissões de gases de efeito estufa, consumo de água, consumo de energia, lixo reciclável, mudanças no esculhambado Código Florestal Brasileiro, conferências internacionais, enfim, uma série de atitudes que deverão ser tomadas para que o mundo possa suprir suas necessidades sem comprometer a necessidade das gerações futuras.
Tudo começou em Estocolmo com a Conferência da ONU sobre o Meio Ambiente Humano. Com a presença de 113 países, iniciou-se uma preocupação com o futuro do planeta, e lá foram dados os primeiros passos para a formação de uma legislação internacional focada nas questões ambientais. Vinte anos depois acontece na cidade do Rio de Janeiro a Eco-92. Dotada de forte relevância internacional deu início a uma série de políticas e acordos dentre os quais a Agenda 21, um documento que estabeleceu a importância dos países se comprometerem com os problemas socioambientais.
Em junho agora, acontece também no Rio de Janeiro, a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável. Esperam-se 135 Chefes de Estado e provavelmente será um importante encontro para as políticas ambientais. Infelizmente usamos os recursos naturais em uma velocidade maior do que as suas reposições. Se todo o planeta consumisse na mesma proporção que os Estados Unidos e a China, o planeta não agüentaria a pressão. Acabaria a tentativa de qualquer medida de conservação.
Já no Brasil, os esforços são grandes na tentativa de proteger nossa biodiversidade. O que dizer do Código Florestal que existe desde 1965 e que nunca foi obedecido, mas que agora está em voga. Punir os infratores ou dar-lhes anistia? E de agora em diante, respeitamos 30, 50, 100 ou 200 metros das nascentes e córregos d´água? E nossa água? Um dia ela vai acabar? Provavelmente não, o que vai acabar é a sua potabilidade. Vamos beber, cozinhar e tomar banho com água suja. As tímidas fontes renováveis que usamos atualmente deverão aumentar rapidamente.
Acredito que a mudança climática pela qual estamos passando é uma conseqüência natural da terra, mas que está sendo acelerada pela ação desordenada do homem. Não podemos parar a pujança do país, mas temos também que crescer com sustentabilidade. Hoje as crianças já são antenadas com as questões ambientais, isso me dá muita esperança. Uma nova mentalidade ambiental está sendo desenvolvida e elas é que terão a responsabilidade de manter à risca um certo código ambiental que teimamos em remendá-lo. Viva as crianças. A Terra terá muito que agradecê-las.