segunda-feira, 6 de agosto de 2012


A Mentira

Por que mentimos? Tal pergunta, tanto quanto a resposta é uma incógnita. Mentir não é bom. Pode ocasionar uma sensação de alívio por pouco tempo, mas depois temos que conviver com ela até que caiamos em contradição. Segundo o dicionário Houaiss, mentira é o ato ou efeito de mentir; engano, falsidade, fraude, hábito de mentir, afirmação contrária à verdade a fim de induzir a erro, qualquer coisa feita na intenção de enganar ou de transmitir falsa impressão, pensamento, opinião ou juízo falso. Eu já menti, e você? A mentira é tão famosa que no nosso calendário existe um dia só dela. Tudo começou quando o rei da França, Carlos IX, após a implantação do calendário gregoriano, instituiu o dia primeiro de janeiro para ser o início do ano. Naquela época, as notícias demoravam muito para chegar às pessoas, fato que atrapalhou a adoção da mudança da data por todos. Antes dessa modificação, a festa de ano novo era comemorada no dia 25 de março e terminava após uma semana de duração, ou seja, no dia primeiro de abril. Algumas pessoas, as mais tradicionais e menos flexíveis, não gostaram da mudança no calendário e continuaram fazer tal comemoração na data antiga. Isso virou motivo de chacota e gozação, por parte das pessoas que concordaram com a adoção da nova data, e passaram a fazer brincadeiras com os radicais, enviando-lhes presentes estranhos ou convites de festas que não existiam. Tais brincadeiras causaram dúvidas sobre a veracidade da data, confundindo as pessoas, daí o surgimento do dia 1º de abril como dia da mentira.
Dizem que a mentira tem perna curta; que a mentira corre, mas a verdade a apanha; que cresce o nariz do mentiroso; que é como uma ferida, depois de curada fica uma cicatriz; que é pecado; que é contra os padrões morais. Enfim, seja o que for, precisamos mentir às vezes para escaparmos de situações constrangedoras como dizer que adorou aquele presente que não gostou e desculpas para evitar ou encerrar um encontro indesejado. Mentir faz parte do cotidiano de todos. Nem sempre visa a malevolência. Existem casos que mentimos para proteger alguém de uma decepção, evitar aborrecimentos desnecessários e resguardar nossa privacidade. Existem casos maldosos: picuinhas, fofocas, traição, promessas, fatos que não podemos levar adiante e provavelmente prejudicarão alguém. Estudos revelam que os homens mentem, em média seis vezes por dia, eis algumas: meu celular estava sem sinal, estou preso no trânsito, não bebi muito, você não está gorda. Já as mulheres também mentem, talvez um pouco menos que os homens, eis algumas: que simpática a sua ex, saia com seus amigos não tem problema, não está acontecendo nada, não estou afim, estou cansada. A honestidade é a base do relacionamento humano. Quem quebra a confiança de um relacionamento com lorotas e enganações prejudica a si mesmo e principalmente ao outro. Atire a primeira pedra quem nunca mentiu. Saiba que a mentira não é uma boa atitude. Não a leve longe, fique apenas na brincadeira sem maldade. Machado de Assis disse certa vez que a mentira é tão involuntária quanto a respiração. Concorda?

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